Para perceber em pormenor como tal se passa pode verificar abaixo qual o Caderno de encargos subjacente ao processo de certificação que permite a aposição do selo QSM.
- São obrigatórios a carta geográfica da exploração, planta de emergência e registo das reclamações.
- A documentação relativa à qualificação do pessoal deve ser revista anualmente.
- Todos os animais têm de estar identificados e os seus movimentos registados.
- É obrigatório o controlo dos parasitas e a utilização de iscos tem de ser planeada.
- É obrigatório um plano sanitário que inclua as medidas relativas à biossegurança.
- A AHBD tem a obrigação de ver o seu Programa Norma Qualidade auditado de maneira independente.
A produção de carnes vermelhas faz parte do programa de desenvolvimento sustentável da agricultura.
- A melhoria do desempenho reduz as emissões de gases com efeito de estufa;
- A seleção genética das raças é adaptada à melhor conversão da erva em carne em função do ambiente: utilização de raças rústicas em zonas diaceis e raças de orientação “carne” em zonas de planície.
- Conservação natural das zonas não cultiváveis: encostas, pântanos,
- Captura de carbono otimizada pela gestão das pastagens rotativas
- Redução da utilização de adubo (Potássio, Azoto, )
- Reciclagem racional dos dejetos de animais: planos de espalhamento de estrume
- Reciclagem dos resíduos: plásticos (ensilagem, fardos redondos) e cordéis (enrolamento)
- Controlo reforçado da qualidade da água e redução do consumo de água
- Conservação das paisagens naturais das zonas rurais: baldios, caminhos, lagos, sebes, bosques
- Conservação da biodiversidade: mamíferos pequenos, pássaros, batráquios, insetos
- O plano de controlo dos produtos de proteção das plantas integra o plano de controlo dos pesticidas e inclui o controlo dos inseticidas, fungicidas, herbicidas, antilesmas e moluscos,
- A silagem deve ser guardada a, pelo menos, 10 m dos cursos de água e a, pelo menos, 50 m das nascentes e poços; os efluentes da silagem devem ser
- Os resíduos são eliminados por empresas especializadas e autorizadas. Estão disponíveis derrogações para determinados resíduos sob certas condições. Os resíduos não tratados de matadouros ou produtos derivados de animais não podem ser
- É obrigatório um plano de espalhamento de estrume.
- Os edifícios pecuários devem ser confortáveis, espaçosos, higiénicos e bem iluminados; os animais com mais de 8 semanas devem evoluir em grupos.
- Nem arestas nem projeções devem aparecer na proximidade dos animais.
- Pisos antiderrapantes.
- Edifícios de pecuária limpos permitem que os animais se deitem em seco.
- Cobertura das zonas de tratamento antiparasitário.
- Uma tabela impõe um espaço mínimo por animal de acordo com a sua corpulência e peso.O comprimento dos bebedouros depende do número de animais que a eles acedem e da sua corpulência.Densidade máxima no ovil para os borregos de 3 a 12 meses: 0,75 m2 por cabeça.
- Proteções naturais obrigatórias nas pastagens
- Sobrepastoreio proibido
- Pasto e água permanentemente disponíveis
- Registo obrigatório de todos os cuidados e tratamentos.
- Registo obrigatório das mortes e reformas.
- Controlos sanitários obrigatórios e avaliações por um veterinário.
- Registo dos tratamentos antiparasitários dos cães.
- A utilização de antibióticos apenas é autorizada em último recurso com a supervisão de um veterinário.
- Registo obrigatório das compras e dos cuidados farmacêuticos.
- Declaração dos períodos de tempos de espera antes do abate (em geral, 28 dias).
- As eutanásias são efetuadas por uma pessoa competente e disponível em menos de uma hora. As mortes são registadas.
- Os incineradores individuais devem estar aprovados.
- Os recém-nascidos devem ingerir o colostro nas 6 horas seguintes ao nascimento, idealmente nas duas primeiras horas.
- Respeito pela grelha de limpeza dos animais.
- A tosquia com fins higiénicos é obrigatória para os ovinos.
- A castração dos cordeiros com pinças deve fazer-se nos 3 meses seguintes ao nascimento.
- A castração de um ovino com mais de 3 meses tem de ser realizada por um veterinário e com anestesia.
- A caudectomia com elástico deve ser efetuada nos 8 dias seguintes ao nascimento.
- A caudectomia que não seja feita com elástico deve ser efetuada nos 2 meses seguintes ao nascimento, salvo por cirurgia, e será então efetuada por um veterinário com anestesia.
- A descorna ou corte de chifres de ovinos deve ser efetuada por um veterinário com anestesia.
- Os animais são manuseados calmamente por um pessoal com formação.
- Os aguilhões elétricos são proibidos.
- Os cães têm de estar sob controlo.
- Os animais doentes ou feridos têm de estar separados do rebanho.
- Os motoristas que transportam animais têm de estar qualificados e dispor de dispositivo de alerta em caso de emergência (telemóvel).
- Todos os transportes de animais são objeto de uma autorização: Tipo 1 de 65 km a 8 horas e Tipo 2 para transportes com duração superior a 8 horas (com veículo homologado pelo Ministério).
- Todos os movimentos dos ovinos têm de estar documentados e registados num prazo de 3 dias.
- Todos os ovinos à partida para o matadouro têm de ter residido 60 dias, no mínimo, na exploração de partida.
- As rampas de carga / descarga têm de estar equipadas com barreiras laterais e dispositivos antiderrapantes (ripas no solo).
- A inclinação na rampa não deve ultrapassar os 26,6 °.
- Os veículos têm de estar equipados com um teto.
- É obrigatória uma cama de palha para os borregos e vitelos.
- As espécies não podem ser misturadas durante o transporte e manuseamento.
- Todos os animais têm de se manter sobre os seus quatro membros e aceder ao veículo sem ajuda.
- Uma tabela impõe um espaço mínimo por animal de acordo com o seu peso e corpulência.
- Densidade mínima de 0,2 m2 por borrego.
- Os animais doentes ou feridos ou as fêmeas prenhes a mais de 90 % não podem ser transportadas.
- Distância limitada para os cordeiros com menos de 7 dias, salvo se acompanhados pelas mães.
Todos os animais devem poder alimentar-se e beber livremente para garantir o bom funcionamento do rúmen e manter uma boa saúde corporal, sejam quais forem as condições meteorológicas.
- Os bebedouros têm de estar limpos.
- As zonas de alimentação no exterior têm de estar em bom estado e ser acessíveis sem esforço para todos os animais.
- A alimentação não inclui antibióticos, nem hormonas nem qualquer produto de origem animal salvo o óleo de peixe e os produtos lácteos.
- Toda a alimentação complementar tem de estar certificada, documentada com informações relativas ao fornecedor, que devem ser guardadas durante 2 anos.
- As misturas realizadas na quinta devem ser registadas.
- A administração de medicamentos tem de ser validada por um veterinário.
- O armazenamento da silagem está regulamentado e controlado.
- A criação, o transportador, o mercado e/ou o centro de triagem têm de estar certificados «Red Tractor» para beneficiar da Norma de Qualidade Borrego Britânica.
- O matadouro (carcaças) e a sala de desmancha têm de estar certificados para beneficiar da Norma de Qualidade Britânica.
- As fêmeas não podem ter os seus incisivos permanentes e não podem estar grávidas nem ter sido utilizadas para aleitamento, isto é, elas não podem estar grávidas e nunca devem ter estado grávidas.
- Os machos, castrados ou inteiros, não podem ter os seus incisivos permanentes.
- As carcaças têm de ter um nível de engorda compreendido entre 2 e 3H e devem ter uma conformação compreendida entre E e O. É aceitável um equivalente a esta classificação para as instalações que não atribuem notas aos bezerros.
- As carcaças dos animais elegíveis abatidos entre 1 de janeiro e 30 de abril de um ano e nascidos antes de 1 de outubro do ano anterior têm de ser submetidas a uma maturação de 7 dias, no mínimo, entre o abate e o consumidor final. Caso contrário, pode-se utilizar um dos processos pós-abate para reforçar a tenrura, como indicado nas “Diretivas EBLEX para a Qualidade da Carne”, isto é a suspensão pélvica pelo osso ilíaco, ou a estimulação elétrica.
- No ponto de venda, a menção do Lote na embalagem de consumidor permite identificar com rigor o grupo de carcaças de onde essa carne saiu, data do abate e exploração pecuária. A AHDB está a trabalhar num projecto que permite ir mais longe e identificar por cada embalagem, o BI do animal.